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Sobre

cirurgia

PROCEDIMENTO E ORIENTAÇÕES

Timpanoplastia

A timpanoplastia é a cirurgia indicada para tratamento de perfurações da membrana do tímpano. Essas perfurações costumam surgir como sequelas de traumas ou de infecções do ouvido médio. No procedimento, costumamos utilizar um enxerto, que podem ser compostos de fáscia, pericôndrio ou cartilagem da própria orelha, para fechar a perfuração. Na dependência da gravidade do processo que originou a lesão timpânica, pode haver dano complementar também aos ossículos da audição (martelo, bigorna e estribo). Nessa eventualidade, além de reconstruir o tímpano, também precisamos tentar recompor da melhor maneira possível essa cadeia ossicular.

Quando ela está indicada?

A timpanoplastia está indicada nos casos de perfurações timpânicas. Nessa situação, além de alguma perda auditiva, a pessoa pode apresentar repetidos quadros de infecção no ouvido após entrada de água (que pode “passar pela perfuração” e causar infecções). Em outros casos, os pacientes podem se queixar de secreção nos ouvidos sempre que ficam resfriados ou gripados.

Como me preparar para cirurgia?

Planeje-se para a sua recuperação após a cirurgia. Você precisará de tempo para descansar e não poderá fazer tarefas que demandem força ou agilidade. também importante que você não tenha viagens aéreas marcadas para os dois primeiros meses após a cirurgia, já que o tímpano ainda estará em cicatrização e poderia ser afetada pela variação de pressão dentro do avião, por exemplo. Tente contar com a ajuda de alguém nos primeiros 2-3 dias. Na noite anterior à cirurgia, procure comer algo leve e faça jejum de 8 horas de antecedência em relação ao horário agendado para sua cirurgia.

Como é a cirurgia?

Após ser realizada a anestesia, nós deslocamos a membrana do tímpano de sua posição original e, sob visão de um microscópio ou endoscópio, exploramos a cavidade do ouvido médio em busca de outros possíveis danos aos ossículos da audição, especialmente a bigorna e o estribo. Feito o diagnóstico cirúrgico das lesões, partimos para reparação das estruturas.

Nos últimos anos temos utilizado os endoscópios – além do microscópio – o que nos fornece uma visão ampliada das estruturas anatômicas envolvidas na cirurgia. Em nossa experiência, a timpanoplastia é uma das técnicas cirúrgicas que mais se beneficiou da tecnologia endoscópica. Até bem pouco tempo atrás a escolha do acesso cirúrgico, isto é, se feito pelo canal (por dentro do ouvido) ou retroauricular (com um corte atrás da orelha) era baseado no tamanho e localização de perfuração timpânica, bem como o calibre do conduto auditivo de cada paciente. Com o uso dos endoscópios nós praticamente abandonamos a necessidade de raspar cabelos ou do corte atrás da orelha.

Como é a recuperação da cirurgia?

Na grande maioria dos casos os pacientes submetidos à timpanoplastia permanecem 6 a 10 horas no hospital, sem necessidade de pernoite. O pós-operatório costuma ser indolor ou com pouca dor. Devido ao tamponamento e curativo do ouvido, o paciente pode ter a sensação de ouvido cheio, ou água no ouvido. Indicamos repouso relativo em casa por cerca de 3 a 5 dias, enquanto o tímpano se cicatriza.

Quais são os benefícios da cirurgia?

O sucesso com o fechamento da perfuração timpânica e na eventual reconstituição da cadeia ossicular. Isso costuma se refletir numa melhora da audição. Além disso, os pacientes passam a poder molhar o ouvido e frequentar praia ou piscina sem o medo de desenvolverem infecções do ouvido.

Quais são os riscos?

O risco mais frequente da timpanoplastia é o de não conseguir o completo fechamento da membrana timpânica. Como esse risco é dependente do tamanho da perfuração e  do grau de inflamação crônica do ouvido,  não é possível estabelecer um percentual de falhas de maneira geral.


Quando um nervo que ajuda no paladar (corda do tímpano) é afetado dentro do ouvido, você pode sentir um gosto metálico na borda lateral da língua que melhora espontaneamente em 95% dos casos em até 6 meses.
A audição pode não melhorar
Raramente pode haver infecção ou sangramento.
Nos casos de reconstrução da cadeia ossicular, a prótese pode sair do lugar, sendo necessário outra cirurgia para sua recolocação.
Ainda mais raramente (menos de 1% dos casos), a audição pode piorar. 

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